Oi! Meu nome é Fábia, tenho 36 anos, sou formada em Direito pela Universidade Paulista, advogada desde 2000, formada em Normal Superior pela Unitins, portadora de TDA (diagnosticada desde 2005), filha de pai portador de TDA e de mãe hiperativa (não diagnosticados) e sou mãe de uma menina de 11 anos com TDA (diagnosticada desde 2005).
O objetivo deste blog é ajudar todas as pessoas que sofrem com distração, principalmente portadores de TDA adultos. É bem provável que a tônica dos meus textos seja a falta de atenção. Talvez eu não fale sobre hiperatividade, porque não é o que eu vivo. Também não tenho a pretensão de ajudar quem convive com os portadores, porque meu olhar é outro, mas pode ser útil.
Logo neste primeiro texto quero esclarecer que não tenho formação em nenhuma área de biologia, medicina, ou coisa que o valha, só conheço o transtorno como curiosa e leitora voraz, portanto, tudo o que eu escrever é opinião minha, resultado das minhas observações e pode não ter fundamentação científica. Então se você tiver curiosidade, vale a pena conhecer este site: www.tdah.org.br, vai lá, pesquisa e depois você me diz se gostou.
Se você acha que tem o transtorno, procura lá no site mesmo que tem uma lista de médicos que são especialistas neste assunto. Marque uma consulta e tire suas dúvidas (eu só deixo a dica de não marcar consulta com qualquer neurologista que está na lista do convênio, porque alguns nem conversam direito e já vão passando remedinho, sem talvez nem ter estudado o transtorno - aconteceu comigo).
Mas, o que é TDA? TDAH significa transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (também tem o "i" de impulsividade).
São três grupos de comportamentos, que podem vir sozinhos, em dupla ou os três ao mesmo tempo (o meu caso, por exemplo, é uma combinação de desatenção e impulsividade).
Os "sortudos" que têm este transtorno podem ter hiperatividade (aquela pessoa que não pára quieta um segundo, faz mil coisas ao mesmo tempo, assobia, batuca na mesa, escreve, ouve música e bate o pé no chão), podem ter dificuldade de manter a atenção (vive "no mundo da lua") ou muita concentração se for algo que interesse (como por exemplo, video game, um livro, um programa de tv etc.) e também podem apresentar impulsividade (aquela pessoa que fala sem pensar, que não perde a piada e depois se arrepende, responde para a tv, compra sem planejar, que come sem estar com fome).
Na realidade, todas as pessoas do mundo têm um pouco destes comportamentos e há períodos da vida em que eles se acentuam, ou seja, nem todo mundo que age assim tem TDAH.
O portador do transtorno é assim a vida inteira. Quando o desatento é pequeno a mãe até desconfia que ele seja surdo (é sério! A minha mãe me levou para medir minha audição), porque ela fala, fala, fala e o filho "não ouve", não presta atenção. Depois, quando vai para a escola, aquela criança que todo mundo sempre achou tão inteligente não aprende. Então os pais resolvem levar o rebento para medir o Q.I. Resultado: Q.I. normal ou acima da média (fiz dois testes, um quando tinha uns 7 anos e outro na adolescência - para confirmar - e o resultado dos meus testes foi mais ou menos por aí). Os pais ficam mais aflitos. Não é possível! Aquela criança perde o material, esquece a mochila na escola, esquece de fazer a tarefa, deixa o material em casa e só leva a mochila vazia... Mas que é que está acontecendo?
Os anos passam, a criança vai passando de ano (só Deus sabe como). Entra no balé. Depois de dois meses já não quer mais ir, resolveu fazer aula de piano. mais seis meses e tá chato, ela não aprende, perde a paciência e vai fazer karatê. É uma atividade abandonada depois da outra. Nunca termina nada. Tudo fica chato. Na vida adulta arruma um emprego, mas esquece de fazer suas tarefas, sempre deixa para depois, nunca sabe onde colocou o material que precisa para terminar o serviço, levanta da cadeira cem vezes por dia para tomar água, ir ao banheiro e até pegar água para o colega. Bate o carro, perde a chave, esquece os óculos, chega atrasado, esquece compromissos. Este é o TDA! A vida dele é esta.
Não é só quem convive com o TDA que sofre. Eu mesma sofri muito, pois sabia que era diferente, mas como não entendia qual era a diferença, acabei concluindo que era "burra para alguns assuntos" (vê se pode!), preguiçosa e que não tinha força de vontade (tenho horror a esta expressão).
Por isto, se você se identificou, ou se tem curiosidade sobre o assunto, continue lendo os textos do blog. Eu vou tentar ajudar você e dar algumas dicas para tornar sua vida mais fácil.
Um grande abraço!
Ah! E se você tem TDA, fica a dica: coloca o endereço deste blog nos seus favoritos! Assim você não perde as postagens futuras.
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